
sábado, 11 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
TERREMOTOS - COMO REAGIR
De repente a terra treme, construções são derrubadas, incêndios surgem repentinamente, gritos de horror e desespero são ouvidos... É mais ou menos este o cenário de um terremoto. Quem viveu tal experiência talvez nunca se esqueça da incrível e assustadora força da Terra. Mas diante deste quadro assutador, é preciso primeiramente ter calma para não tomar decisões precipitadas, as quais podem acarretar consequências fatais. Existem algumas preucações a serem tomadas em casos de sismos, que você confere logo abaixo. Tudo bem que o Brasil não é um país próximo a limites de placas tectônicas, mas mesmo assim ele já experimentou desde um tremor "modesto" de 5.2 (1980, Ceará) a até tremores de maiores proporções (6.6 em1955, Mato Grosso) segundo a Escala Richter. Vale lembrar que os tremores podem ser causados também por falhas. Logo, não estamos isentos de um terremotos, já que a Terra é um planeta muito dinâmico...
DENTRO DE CASAProteja-se debaixo da mesa ou de uma escrivaninha. Se você não tiver esses objetos, cubra a cabeça com o que estiver por perto (por exemplo, uma almofada ou um travesseiro). Amarre uma lanterna perto da cama e tenha outras na casa ou apartamento. Tenha velas também. Fixe uma caixa perto da cama para documentos (passaporte, gaijin torouko, caderneta do banco), óculos, dentadura e outros objetos, como agulhas, cortador de unha, carimbo e dinheiro. Não esqueça também de fixar os móveis e mobílias que poderão ser jogados para longe com o abalo. Não saia de casa até o tremor terminar. Se possível, deixe a janela e/ou a porta aberta para garantir uma rota de fuga. O registro do gás, a fonte de eletricidade, assim como o aquecedor, devem ser desligados. Caso haja um princípio de incêndio, utilize o extintor. Se o óleo de cozinha ou querosene estiverem em chamas, não utilize água para apagar; cubra o fogo com uma camisa úmida. Combine com os amigos três ou mais lugares para se encontrarem, caso a comunicação seja difícil.
SUPERMERCADOS OU SHOPPINGS
Proteja a cabeça com a bolsa e fique sempre longe das estantes. Encoste assim que possível nas paredes e nos pilares reforçados. Não corra de imediato para a saída, siga as orientações dos encarregados pela segurança local. Na fuga, utilize somente as escadas e nunca entre nos elevadores. Não queira sair do local de carro para não causar congestionamentos nem atrapalhar a circulação das viaturas.
LOJAS SUBTERRÂNEAS
Encoste nas paredes e pilares reforçados. Mesmo que as luzes se apaguem, não entre em pânico. As luzes de emergência logo se acenderão. Em caso de incêndio, coloque um lenço ou toalha sobre o nariz e a boca e fuja rastejando junto ao chão. Na hora da fuga, siga na direção da corrente de ar frio.
ANDANDO NA RUA
Fique longe dos muros. Pedaços de vidro e lajes podem cair, portanto, não se aproxime dos edifícios e procure abrigo em parques e lugares abertos. Não fique parado, proteja a cabeça com a bolsa. Não se aproxime de modo algum das máquinas de venda automática, das casas e dos edifícios. Também não se aproxime dos fios de alta tensão.
INTERIOR DE TRENS E METRÔS
Pode ocorrer uma parada repentina, por isso, segure-se bem nas cordas e corrimões. Mesmo que ocorra uma parada, não abra e nem use de imediato a saída de emergência. Também não pule pela janela. Siga e obedeça as instruções do maquinista.
DIRIGINDO O CARRO
Encoste o carro na direita ou em algum lugar aberto, desligando o motor. Se houver um policial direcionando as regras do trânsito, obedeça as suas orientações. Ao se afastar do veículo, deixe a chave na ignição e não trave a porta. Se estiver em uma rota expressa ou túnel, reduza a velocidade e busque um local seguro. Pode parecer estranho, mas cuidado com voluntárias que podem querer tomar coisas de valor das vítimas.
FONTE - ADAPTADO DE:
www.geologia.ufpr.br/cenacid/agirterremotos1.doc
http://www.brasilescola.com/brasil/terremotos-no-brasil.htm
sábado, 4 de julho de 2009
EFERVESCENCE

CLIVAGENS DO CORAÇÃO - CAP II

O relacionamento entre o quartzo e microclina estava como o mineral halita: totalmente instável. Bastaria uma solução de ataque ou mesmo uma simples reação de hidrólise para abalar o sistema cristalino daquele decadente amor. A princípio, a paixão entre ambos era como um hábito cúbico: perfeito e tenaz, fazia inveja aos casais mineralógicos daquele diápiro. Agora era como um hábito micáceo: tão frágil que num escorregar de dedos se desfazia.
A razão para essa instabilidade amorosa que nem a série de Goldich poderia explicar eram os boatos de infidelidade do quartzo. A microclina custou a acreditar em tais rumores, mas ao flagrar seu amado silicato olhando com voluptuosidade para uma granada seu mundo caiu. Depois de se acabar em rios de lágrimas iônicas, entrou numa intensa discussão com seu parceiro, que entre uma desculpa esfarrapada e outra deixava sua imagem mais distorcida que a organização interna de um amorfo.
A granada em questão era um almandina, um mineral isométrico que esbanjava sensualidade com sua forte coloração arroxeada. Era praticamente perfeita: suas faces eram tão planas e lisas que mais pareciam esculpidas por um exímio artesão, formando um cristal dodecaédrico único naquela rocha. De certa forma, essas características deixavam a microclina ao mesmo tempo despeitada e atenta, tomando as devidas preucações para que o quartzo não se deixasse levar pelas propriedade físicas e químicas de um tentador silicato.
- Muito bem, quartzo - disse a microclina - eu posso não ser isométrica, mas sou triclínica com muito orgulho. Tenho eixos tortos e desiguais, eu sei disso, mas também tenho uma coisa que aquela "silicata" não tem e nunca terá: um belo par de clivagens! Clivagens estas que arrancam suspiros de muitos feldspatos por aqui!
- Por favor, microclina, poupe-me desse mineralodrama... Não vamos por em pauta hábitos, sistemas cristalinos ou qualquer outra propriedade física ou química! Nada disso vem ao caso! Estou cansado de suas suspeitas ridículas e infundadas. Nossa relação está insustentável: acho melhor acabarmos por aqui mais uma vez!
- Eu te imploro: mais uma vez a separação não! O que há de errado comigo? O meu sistema cristalino? Minha cor verde não te agrada? Ah, já sei! São minha estrias... Eu juro que vou tirá-las, farei um processo de exsolução ou qualquer outra coisa, mas por favor, não se vá! Eu te amo!
Quando o quartzo fez menção de responder à microclina, um forte tremor de terra abalou o diápiro, fraturando-o em uma de suas laterais. Um enorme bloco rochoso despencou de um formação, dispondo-o bem em frente a ele. Depois de um ruído grave proveniente do terremoto, aquele local ficou em profundo silêncio. A dinâmica interna da Terra tinha reservado um novo destino para aqueles minerais...
segunda-feira, 29 de junho de 2009
O IDENTIFICADOR

Antes de tudo, é aconselhável tomar um banho de sal grosso, ir para a sessão do descarrego ou receber uma água benta. Coma alimentos leves e beba bastante líquido. Garanta seu Dana com antecedência, de preferência o que possuir menos folhas arrancadas. Na verdade, isso vai ser um pouco difícil, já que sua origem remonta o Arqueano, sendo os exemplares disponíveis nada mais nada menos que fósseis não muito bem preservados. Caso tenha rinite ou algo parecido, disponha de centenas de lenços de papel ao seu lado ou uma máscara para se proteger, já que as páginas carregadas de poeira podem ser fatais. Se não achar um manual completo,

2ª Etapa - A IDENTIFICAÇÃO
É chegado o grande momento... Repire fundo, feche os olhos, repita para você mesmo e depois para o mineral: "Você não é mais do que eu!" Afinal, o que é um mineral senão um composto químico, sólido, de origem inorgânica e natural, de composição química definida, mas variável dentro de certos limites, com estrutura atômica ordenada e de propriedades físicas e químicas específicas, as quais possibilitam identificá-lo e classificá-lo afim de facilitar seu estudo? (ufa!!!) Sendo assim, mão à obra!
Dê preferência a descrever as propriedades que até uma criança de 5 anos saberia, como a cor. Caso tenha dificuldade, roube a caixa de lápis de cor do seu irmãozinho e leve consigo na identificação. Em seguida, veja o brilho. Se tiver dificuldade também nessa propriedade, você é uma anta mesmo isso é fácil de resolver: para o brilho sedoso, basta observar um cabelo que não seja do tipo pixaim; para o brilho ceroso, deixe acumular bastante cera no ouvido, tire-a e depois observe-a. O próximo passo é a clivagem, um pouco mais difícil de observar. Se não conseguir achar a maldita, não se acanhe em apelar: jogue a desgraça mineral no chão e quebre-o: aí sim poderá observá-la sem maiores problemas. E ainda tem a dureza, que às vezes é um dureza de inferir. Mais uma vez, não se intimide: se for preciso para o seu sucesso, acabe com o vidro que te deram, esfregue o mineral na placa de traço (caso ele tenha um, óbvio) até ele virar pó etc, etc... O ruim da história só vai ser pagar tudo isso depois. Mas o que importa esses ridículos detalhes se você conseguir nomear o mineral?
Outra coisa que pode te ajudar são os ensaios químicos, dependendo das bugigangas materiais que seu laboratório possui. Mas se seu local de trabalho for desprovido desses apetrechos, nada de desespero! Você é um futuro geólogo, e como tal, tem que saber improvisar! Morda, lamba, deguste, cheire, dê seu sangue caso o Dana indique como necessário para alguma reação química, cuspa se não existir água e ela for fundamental na distinção entre um mineral e outro... Enfim, apele! É a sua nota que está em jogo!

3ª Etapa - A CONCLUSÃO
Quando todos os artifícios possíveis e impossíveis se esgotarem, e você tiver certeza (ou não) do que fez, é hora de colocar o nome do mineral. Esse é um momento tenso, portanto, nada de afobação! Num momento de extrema insanidade mental e de desespero imensurável, algumas pessoas chegam ao ponto de perguntar ao mineral qual o seu verdadeiro nome, chegando até a ameacá-lo. Reza a lenda que um estudante, desconfiado que o mineral em mãos era uma calcita, ameaçou jogar ácido clorídrico nela caso a mesma não se entregasse. O carbonato, temendo a inevitável efervescência, confessou ao aluno a sua identidade. Mas isso são meros boatos, e tais estratégias tão despreziveis e irrisórias não são condizentes com você (risos). Logo, "seje ômi" e nomeie o mineral sem medo e com honra!
Feito isso, está tudo pronto. Agora é só esperar o resultado e festejar sua vitória! Viu como não precisa ter medo de uma simples "pedrinha"?
Obs.: O GeoBoteco, um blog sério e reponsável por seus artigos, se isenta de quaisquer possíveis danos, sejam eles físicos, psicológicos, acadêmicos ou financeiros referentes ao uso negligente do presente manual. Utilize-o com moderação. =)
sábado, 27 de junho de 2009
A MINERALOGIA FEMININA

Mulher Quartzo: tão comum que em qualquer canto de esquina ou boteco se encontra. Dura e grosseira, aguenta qualquer porrada intacta. Disponível em várias modalidades;
- Mulher Pirita: mais conhecida como "A Mulher dos Tolos": de longe, parece uma Juliana Paes, de perto, o sujeito se dá conta que é uma Dercy Gonçalves. Além de ter fartas estrias, torna-se baranga facilmente se exposta ao ar;
- Mulher Enxofre: cuidado: seu poderoso CC pode te levar a perder os sentidos!
- Mulher Bornita: simpática, mas nunca mostra o que realmente é, já que sempre tem uma pátina a recobrindo. Se não fosse o "r" seria bonita;
- Mulher Magnetita: seja em idas a festas ou a seu próprio trabalho, vive colada em você. Aconselhável substitui-la por uma Ilmenita, semelhante a ela, mas não tão grudenta;
- Mulher Halita: mulher difícil: só gosta de produtos de preço salgado;
- Mulher Albita: até bonita, mas muito branquela. Também possui estrias, porém, se você não olhá-las sobre a luz, dá até pra encarar...
- Mulher Talco: frágil, mole e sensível, mas tão porca que ao tato é untuosa;
- Mulher Diamante: apesar de extremamente dura, é bela, sensível, inteligente... Enfim, perfeita. Mas não se anime muito: estas são raras de se encontrar.
E você, que tipo de mulher é?
NORMAL E IMPROVÁVEL

Coisas que hoje são normais antes eram improváveis. Um exemplo bastante comum disso são as mulheres no mercado de trabalho. Antes era improvável e inconcebível uma mulher ter uma profissão que não fosse a de dona de casa, elas já cresciam aprendendo essa tarefa. Hoje é normal. Existem mulheres que além de cuidar da casa e da família ainda trabalham fora.
O mesmo ocorreu nas Universidades. As mulheres foram chegando aos pouquinhos, “comendo pelas beiradas”, até compor o quadro que hoje estamos habituados a ver: um maior número de mulheres que homens ocupando as salas, inclusive em cursos que antes não se aceitava a profissionalização do sexo feminino, como o de geologia.
Ao contar a sua história no jornal da UNESP, a geóloga Maria Rita Caetano Chang, diretora do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) da UNESP, campus de Rio Claro, fala como foi difícil a sua trajetória no campo das ciências exatas, chegando a ouvir NÃO da Petrobrás com um simples argumento: “A Petrobras não está convocando mulheres!”. Só que essa justificativa não foi bastante para Maria Rita, ela lutou junto com outras mulheres para conquistar o merecido espaço para as geólogas brasileiras, mudando o cenário nos bancos universitários e nas empresas.
Só que isso ainda não é o bastante. As mulheres ainda querem mais, e como as coisas mudam, o que hoje é improvável, para elas, amanhã pode ser normal.
O mesmo ocorreu nas Universidades. As mulheres foram chegando aos pouquinhos, “comendo pelas beiradas”, até compor o quadro que hoje estamos habituados a ver: um maior número de mulheres que homens ocupando as salas, inclusive em cursos que antes não se aceitava a profissionalização do sexo feminino, como o de geologia.
Ao contar a sua história no jornal da UNESP, a geóloga Maria Rita Caetano Chang, diretora do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) da UNESP, campus de Rio Claro, fala como foi difícil a sua trajetória no campo das ciências exatas, chegando a ouvir NÃO da Petrobrás com um simples argumento: “A Petrobras não está convocando mulheres!”. Só que essa justificativa não foi bastante para Maria Rita, ela lutou junto com outras mulheres para conquistar o merecido espaço para as geólogas brasileiras, mudando o cenário nos bancos universitários e nas empresas.
Só que isso ainda não é o bastante. As mulheres ainda querem mais, e como as coisas mudam, o que hoje é improvável, para elas, amanhã pode ser normal.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
NOSSA RELAÇÃO COM A TERRA
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