... Ele fossiliza!
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
ENTRE A ROCHA E A CRUZ
Não é de hoje que ciência e religião trocam farpas entre si. Cada qual defendendo seus princípios, o conflito ideológico entre ambas era praticamente inevitável: novas descobertas científicas eram dura e instantaneamente atacadas pelo conservadorismo clerical, ao mesmo tempo que críticas ferinas eram lançadas ao mundo religioso. Diante disso, fica uma pergunta: é possível conciliar a Geologia, uma ciência a qual explica a evolução da Terra em bilhões de anos, com uma religião que relata a criação do mundo em sete dias?
O livro "Deus, um delírio", do biólogo inglês Richard Dawkins, retrata bem esse dilema razão versus fé. Nele, o autor retrata um caso dramático envolvendo o geólogo Kurt Wise, o qual abdica de sua promissora carreira em nome da fé. Radical? Talvez, entretanto, é impossível negar a existência de pontos extremamente antagônicos, um deles mencionados anteriormente: a idade do planeta. Segundo escrituras bíblicas, a Terra seria bastante "jovem" (com apenas 6 000 anos), ao contrário da datação geológica, determinada em intermináveis 4,56 bilhões de anos. Então o que dizer? A única coisa a se considerar é o fato da Bíblia ter uma grande carga metafórica em seus textos, algo induzidor a interpretações errôneas.
Outra coisa a se analisar está presente no conteúdo fossílifero de rxs sedimentares. A partir de organismos preservados, podemos tirar conclusões acerca da evolução da vida na Terra, desenvolvida de forma paulatina ao longo de uma extensa escala de tempo. Ao observá-los, é possível notar uma clara diferença na complexidade dos seres mais recentes em relação aos mais velhos, dando respaldo à Evolução das Espécies de Charles Darwin. Isso subverte totalmente a ideia religiosa de que a natureza e as espécies carregam o germe da perfeição - como se tivessem sido projetadas para funcionar como uma máquina maravilhosa. A evolução que observamos nos fósseis, ao contrário, não tendem a perfeição, mas sim à necessidade de adaptação às novas condições de vida nas quais os organismos estavam submetidos. Uma questão de sobrevivência, e nada mais.
O motor da fé e da religião são distintos, fé e espiríto contra dúvida e razão, chegando a ser surpreendente coexistirem no mundo de hoje. Isso indica que nenhuma das duas possuem um domínio sobre a outra, dando a ideia de um certo equilibrio entre ambas. O que se pode concluir, por fim, é que nenhuma responde as perguntas da outra, mas podem existir em harmonia, desde que haja um respeito recíproco. Todavia, cabe a cada um de nós decidir se é possível ou não uni-las, assimilando um pouco de cada para si ou se dedicando integralmente para uma das duas.
Entre a rocha e a cruz: com qual você fica?
sábado, 15 de agosto de 2009
domingo, 9 de agosto de 2009
HOMENAGEM: CASAL KRAFFT
Dotados de uma coragem inigualável e de uma verdadeira paixão pelos vulcões, os franceses Katia e Maurice Krafft arriscaram suas vidas para estudar as imponentes e perigosas manifestações vulcânicas do mundo. Destemidos, não se acanhavam em presenciar a pouca distância erupções violentas, sendo por isso considerados como loucos por muitos cientistas. Entretanto, é necessário lembrar que essa "insanidade" colaborou para o estudo dos vulcões, algo que poucos se aventurariam em fazer, ainda mais tão de perto.
Em Maurice, essa fixação começou aos sete anos, quando seu pai o levou para para presenciar a erupção do Stromboli. Coincidentemente, Katia também se interessou a partir do mesmo vulcão, mais tardiamente, aos quartoze anos. Ao se unirem, começaram uma difícil trajetória para fazer suas viagens: a falta de financiamento os obrigaram a trabalharem como operadores de câmeras e a aproveitarem tudo o que vissem para lançar um livro ou outra coisa que garantisse lucros.
O casal Krafft não parava: era só receberem uma notícia de erupção que lá estavam eles, desafiando espirros de lava, cinzas e piroclastos, filmando, fotografando, coletando amostras e descrevendo de perto violentas manifestações vulcânicas. Presenciaram fenômenos os quais qualquer geólogo desejaria ver, como o nascimento de um vulcão.
O que diferencia estes vulcanólogos dos outros é justamente o estudo de perto dos vulcões, visto que era mais comum sua análise baseada em filmagens. E foi justamente essa ousadia ausente em muitos que os levaram a um trágico e inevitavável fim: em 3 de jundo de 1991, quando assitiam a uma erupção no monte Unzen, Japão, morreram tragados por um derrame piroclástico.
O mundo tinha perdido dois importantes cientistas, mas ganho preciosas informações sobre vulcanologia...
domingo, 2 de agosto de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)